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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sozinha
Se sentindo perdida, olhou em sua volta procurando por um sinal que dissesse a ela o contrário, com as lágrimas escorrendo do seu rosto incansavelmente, o que faria ali sem ele? Estaria perdida, sem seus lábios curando suas cicatrizes que ela própria fizera, andando pelas ruas, sentiu olhares julgadores que tentavam lhe dar algum sermão, como se eles a entendesse, a verdade é que o que ela estava sentindo não era algo para ser descrito, mas ela estava tão sozinha e de onde vem esse frio repentino? Suas mãos estavam tão frias, seu coração estava mais congelado do que nunca, fingir que não se importava já estava se habituando ao seu corpo, sem fazer esforço ela conseguia esquecer os corpos em movimentos que preenchiam as ruas, cada qual com sua máscara, quem poderia saber o que de fato cada um era? O vento batia forte, ela fechou seus olhos com força esperando provavelmente poder esquecer tudo e todos, principalmente, se esquecer, embora soubesse que ninguém iria ajudá-la, sim, ela estava sozinha e farta de tanto vazio, de tanta dor, e ao mesmo tempo querendo cada vez mais poder senti-los, com as lágrimas incensáveis, ela colocou um sorriso no rosto e seguiu em frente, como habituada.

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